Daniel 9 (AS21)
1 No primeiro ano de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, que foi constituído rei sobre o reino dos babilônios, 2 no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros, segundo o que o SENHOR havia falado ao profeta Jeremias, que as desolações de Jerusalém durariam setenta anos. 3 Então voltei o rosto ao SENHOR Deus, para buscá-lo com oração e súplicas, com jejum, com pano de saco e cinzas. 4 O rei ao SENHOR, meu Deus, e, confessando, disse: Ó SENHOR, Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos; 5 pecamos e praticamos o mal, agindo com impiedade e rebeldia, apartando-nos dos teus preceitos e das tuas normas. 6 Não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que falaram em teu nome aos nossos reis, nossos príncipes e nossos pais, como também a todo o povo da terra. 7 A ti, ó Senhor, pertence a justiça; mas a nós, a vergonha, como hoje se vê; aos homens de Judá, aos moradores de Jerusalém e a todo o Israel; aos de perto e aos de longe, em todas as terras para onde os tens lançado por causa das suas transgressões contra ti. 8 Ó SENHOR, a vergonha pertence a nós, aos nossos reis, aos nossos príncipes e aos nossos pais, porque temos pecado contra ti. 9 Ao Senhor, nosso Deus, pertencem a misericórdia e o perdão, já que nos rebelamos contra ele, 10 e não obedecemos à voz do SENHOR, nosso Deus, para andarmos nas leis que nos deu por intermédio de seus servos, os profetas. 11 Todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se para não obedecer à tua voz. Por isso se derramou sobre nós a maldição, o juramento que está escrito na lei de Moisés, servo de Deus; porque pecamos contra ele. 12 Ele confirmou a palavra que falou contra nós e contra nossos juízes que nos julgavam, trazendo sobre nós grande desgraça; porque nunca se fez debaixo de todo o céu o que se tem feito a Jerusalém. 13 Como está escrito na lei de Moisés, toda esta desgraça nos sobreveio; apesar disso, não buscamos o favor do SENHOR, nosso Deus, para nos convertermos das nossas maldades e alcançarmos discernimento na tua verdade. 14 Por isso, o SENHOR cuidou de trazer sobre nós a desgraça; pois o SENHOR, nosso Deus, é justo em tudo o que faz, e nós não temos obedecido à sua voz. 15 Ó Senhor, nosso Deus, que tiraste o teu povo da terra do Egito com mão poderosa e fizeste para ti um nome como hoje se vê; na verdade, temos pecado, temos agido impiamente. 16 Ó Senhor, segundo todas as tuas justiças, afasta a tua ira e o teu furor de Jerusalém, tua cidade, teu santo monte. Porque os nossos pecados e as maldades de nossos pais fizeram de Jerusalém e do teu povo um objeto de zombaria para todos ao nosso redor. 17 Ó nosso Deus, ouve agora a oração e as súplicas do teu servo, e faze resplandecer o teu rosto sobre o teu santuário assolado, por amor de ti, Senhor. 18 Ó Deus meu, inclina os ouvidos e ouve; abre os olhos e olha para a nossa desolação, e para a cidade que é chamada pelo teu nome; pois não lançamos as nossas súplicas diante da tua face confiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias. 19 Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age sem tardar, por amor de ti mesmo, ó meu Deus, porque a tua cidade e o teu povo se chamam pelo teu nome. 20 Enquanto eu estava ainda falando e orando, confessando o meu pecado e o pecado do meu povo Israel, e lançando a minha súplica diante da face do SENHOR, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus, 21 enquanto eu estava ainda falando na oração, Gabriel, o homem que eu havia visto na minha visão anterior, veio voando rapidamente e tocou-me na hora do sacrifício da tarde. 22 Ele me instruiu e falou comigo: Daniel, vim agora para te dar sabedoria e entendimento. 23 No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim para te declarar, pois és muito amado; presta atenção na palavra e entende a visão. 24 Setenta semanas estão decretadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados e para expiar a iniquidade e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo. 25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas. Ela será reedificada com praças e ruas, mas em tempos difíceis. 26 E depois de sessenta e duas semanas, o ungido será tirado, e já não estará; e o povo do príncipe que virá destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até o fim haverá guerra; assolações estão determinadas. 27 E ele fará uma firme aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta; e sobre a asa das abominações virá o assolador, até a destruição determinada, que será derramada sobre o assolador.