Luke 15 (AS21)
1 Todos os publicanos e pecadores aproximavam-se dele para ouvi-lo. 2 Mas os fariseus e os escribas o criticavam, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles. 3 Então contou-lhes esta parábola: 4 Qual de vós, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no campo e não vai atrás da que se perdeu, até encontrá-la? 5 E quando a encontra, coloca-a sobre os ombros, cheio de alegria; 6 e, chegando em casa, reúne os amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos comigo, pois encontrei a minha ovelha perdida. 7 Digo-vos que no céu haverá mais alegria por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento. 8 Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma delas, não acende a candeia e não varre a casa, procurando com cuidado até encontrá-la? 9 E quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu havia perdido. 10 Eu vos digo que assim há alegria na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende. 11 Disse mais: Certo homem tinha dois filhos. 12 O mais moço disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe por herança. Então o pai repartiu seus bens entre eles. 13 Poucos dias depois, o filho mais moço, juntando todas as suas coisas, partiu para um país distante e lá desperdiçou seus bens, vivendo de modo irresponsável. 14 E, depois de gastar tudo, houve naquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. 15 Então se colocou a serviço de um dos cidadãos do país, e este o mandou para os seus campos para cuidar de porcos. 16 Ele desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. 17 Ele, porém, caindo em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm fartura de comida, e eu estou aqui passando fome! 18 Vou me levantar, irei até meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti; 19 não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados. 20 E levantando-se, foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se ao seu pescoço e o beijou. 21 E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e contra ti; não sou mais digno de ser chamado teu filho. 22 Mas o pai disse aos servos: Trazei depressa a melhor roupa e vesti-o; ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; 23 trazei também o melhor bezerro e matai‑o; comamos e alegremo-nos, 24 porque este meu filho estava morto e reviveu; havia se perdido e foi achado. E começaram a se alegrar. 25 O filho mais velho estava no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se de casa, ouviu a música e as danças; 26 e, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. 27 Este lhe respondeu: Teu irmão voltou, e teu pai matou o melhor bezerro, pois o recebeu são e salvo. 28 Mas ele se indignou e não quis entrar. Então o pai saiu e insistiu com ele. 29 Ele, porém, respondeu ao pai: Há tantos anos te sirvo, e nunca desobedeci a uma ordem tua; mesmo assim nunca me deste um cabrito para eu me alegrar com meus amigos; 30 chegando, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com prostitutas, mataste para ele o melhor bezerro. 31 Mas o pai lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu; 32 mas era justo festejarmos e nos alegrarmos, pois este teu irmão estava morto e reviveu; havia se perdido e foi achado.